quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Na tempestade das suas lagrimas eu me perco em seus olhos...
Profundos e castanhos que se embebedam em longos prantos
Perdido e sem rumo chorando entre os cômodos
Lembranças de sonhos que passam como um filme

Que eu já vi e revi e sei o final de cor
Com uma trilha sonora tão inconstante
Que me faz ser um mero figurante
Quando poderei ser o personagem principal de seu filme?

Ela me diz: eu nunca quis ser uma atriz e fingir em ser feliz
Mais às nove da manhã na ponta do pé estrelava um histórico papel
Era de uma mulher que vivia de paixões e romances e morava no céu
Mais por debaixo de panos escondia o desejo pelo inferno

Aonde levava as suas vitimas e concretizava seus sonhos em troca de almas pra repor seu rebanho
'ela resolveu não ter coração' gritavam
Azar dos pobres infelizes que a adoravam
Ela matou seus heróis, não lhe serviam mais

Agora era rainha de um reino feito de lastimas
Pimentas eram rosa, retratos eram tiros ao alvo
Dos amores dos dias de sábado
Aos dias em que espetavas entre espinhos

Da coroa o sangue que escorria era lindo
Nuances de vermelhos variantes
Em uma dança de violência constante
De noites impossíveis de esquecer

A loucura que era a conhecer
Mais isso não passava de lembranças
de um filme que eu encontrei escondido na minha estante

                     (Guilherme Pereira Garcia e Karina Torres.)

Um comentário: