quarta-feira, 23 de março de 2011

Navegante navio.

Montei um navio com tudo que já fui.
Fiz primeiro o motor com as batidas aceleradas do meu coração.
Depois fiz as velas, retalhos de meus pensamentos que considero pobres.
As madeiras de meu barco foram feitas com as sólidas dores de mim retiradas.
Fiz canhões com meus passos antes firmes.
A parte de dentro é toda revestida com velhas lembranças que desejo esquecer.
A proa com os mais belos sorrisos amarelados que dei sem poder.
Cordas com fios de cabelos meus que tantas às vezes me descabelei, foram um a um trançados.
Já o comando do barco, com sonhos meus tidos e feitos que não ouve o resultado esperado.
Agora o oceano em qual ele navegara e feito de minhas lágrimas. Chorarei o quanto for preciso para que ele navegue, navegue, e navegue... Para bem longe e pode até naufragar para que nunca mais o recorde.

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